Quando criei a minha página de Instagram, em 2020, nunca imaginei que um simples hobby pudesse ter um impacto tão grande no que seria a minha vida passados apenas 5 anos.
Começou por ser um espaço de partilha, um sítio onde podia falar dos meus temas preferidos: movimento FIRE, finanças pessoais, investimentos, independência e propósito, com pessoas interessadas nos mesmos temas. Com o tempo, o projeto começou a crescer. Chegaram mais leitores, a comunidade cresceu, surgiram as primeiras oportunidades. E, sem ter feito muito por isso, aquilo que era um hobby tornou-se numa renda extra real, algo que me ajudava a poupar mais, investir melhor e acelerar a minha jornada para o FIRE.
As minhas simulações iniciais, com base no meu salário, diziam-me que me poderia reformar em 2037. Com aumentos salariais e o aparecimento desta tal “renda extra”, o prazo passou a 2030. Com a descoberta do FIRE Flamingo e a consolidação deste trabalho extra como algo que poderia ser feito a tempo inteiro, percebi que poderia deixar o meu trabalho a full-time.
A verdade é mesmo que este projeto, não só acelerou a jornada pelo aumento do valor disponível para investir, como ainda me concedeu a carreira alternativa para a semi-reforma proposta pelo FIRE Flamingo.
Permitiu-me ganhar margem, segurança e confiança para dar o passo seguinte: despedir-me do meu trabalho como engenheira, no final de 2024, e dedicar-me a tempo inteiro ao que mais gosto.
Hoje, posso dizer que todo o meu trabalho é totalmente alinhado com os meus valores. Estou a viver o FIRE Flamingo na prática desde o início de 2025 e a experiência está a exceder expectativas, já bem altas.
Um dos projetos que tenho em mãos é um dos quais mais me orgulho: com a Code For All, reunimos todo o conhecimento e passo a passo prático para ajudar outras pessoas a fazerem o mesmo – criarem, crescerem e viverem dos seus próprios projetos digitais. A cereja no topo do bolo? É um curso financiado pelo Cheque-Formação + Digital e, por isso, totalmente gratuito para todos os que forem elegíveis.
O curso: Introdução à Criação de Conteúdos e Comunidades Digitais
Este curso tem uma proposta de valor simples: encurtar o caminho para quem está agora onde eu já estive: com muitas ideias, mas sem saber por onde começar. Condensei em 6 aulas práticas aquilo que aprendi em 6 anos sobre criar conteúdo e a crescer uma comunidade totalmente envolvida.
Foi pensado para quem quer lançar ou fazer crescer um projeto digital com propósito, mas sente-se perdido entre ferramentas, ideias e estratégias. É uma formação prática, acessível e aplicável desde a primeira aula. O objetivo é que consigas construir uma base sólida para o teu projeto, aprender a comunicar com autenticidade e descobrir como transformar a tua paixão em algo que pode gerar rendimento, sem perder a essência.
Os primeiros feedbacks começam a surgir e não podia mesmo estar mais orgulhosa do que construímos e, principalmente, dos alunos que já começaram a colocar mãos na massa. 🥹🔥
“Antes do curso tinha umas ideias soltas do que queria fazer e depois tenho um caminho claro pronto a ser executado.” – Filipe
5 aprendizagens (não tão óbvias) deste curso
1. Ter um propósito é a melhor estratégia
Num mundo digital obcecado com tendências, viralidade e “growth hacks”, começar pelo propósito pode parecer um passo lento e desnecessário. No entanto, o que descobri ao longo destes anos é que a clareza de propósito é o verdadeiro motor da consistência, da resiliência e da longevidade. É o que nos mantém no caminho quando a motivação inicial desaparece e os resultados demoram a aparecer.
Existe uma diferença fundamental entre um projeto que nasce de uma necessidade interna e um que apenas segue uma moda. O sentimento que procuramos é a urgência interna que nos diz: “Precisamos de criar isto porque não conseguimos não o fazer“. Esta é uma força motriz incomparavelmente mais poderosa do que motivações frágeis como “está na moda” ou “toda a gente está a fazer”.
Na primeira aula, exploramos métodos para validar ideias e garantir que estão alinhadas com esse propósito. Depois disso, tudo o que vem – estratégia, ferramentas, monetização – torna-se muito mais claro e coerente.
2. Faz boas perguntas, se quiseres respostas verdadeiras
Antes de começar seja o que for, procuramos validar as nossas ideias. O problema é que muitas vezes fazemos perguntas que geram “validação falsa”: respostas positivas que nos dão uma falsa sensação de segurança, mas que não correspondem à realidade.
Para evitar esta armadilha, introduzimos o conceito do “The Mom Test”. A premissa é bem simples, mas transformadora: fazer perguntas de uma forma que até a nossa mãe – a pessoa que mais nos quer apoiar e agradar – nos diga a verdade em vez de apenas nos dar uma resposta simpática para proteger os nossos sentimentos.
❌ “Achas que esta ideia é boa?” – má pergunta.
✅ “Quando foi a última vez que enfrentaste este problema?” – excelente pergunta.
O perigo destas perguntas ineficazes é que elas nos dão exatamente o que queremos ouvir, mas não o que precisamos de saber. Quando começamos a fazer perguntas centradas no comportamento real, passamos de suposições a dados. E é aqui que podemos tomar decisões informadas.
3. O projeto evolui connosco
… e a perfeição é inimiga da ação.
Todos começamos com a vontade de fazer tudo perfeito: o logótipo, o branding, o feed.
Mas a verdade é que a perfeição é uma forma sofisticada de procrastinação. Nada disto é essencial para começar.
A verdade é que uma comunidade forte e coesa não nasce da perfeição visual, mas sim de uma voz autêntica e valores consistentes. O nosso projeto não é estático, evolui com as nossas competências, e muitas dessas competências só se desenvolvem com prática.
4. Constrói em terreno próprio
A minha página de Instagram foi apagada, sem aviso prévio ou possibilidade de recurso. O que teria acontecido ao meu projeto, que agora é o meu ganha-pão, se estivesse exposta apenas a essa plataforma? Teria perdido tudo.
As redes sociais servem para atrair e interagir, mas precisamos de plataformas próprias para reter e nutrir. Precisamos de construir um ecossistema digital resiliente, que não depende de um único algoritmo. Temos de ter ativos em terrenos próprios, além dos comuns terrenos alugados.
- Terreno Alugado: redes sociais como o Instagram ou o TikTok. Aqui, as regras não são nossas. As contas podem ser bloqueadas, eliminadas ou pirateadas, e os algoritmos ditam quem vê o nosso conteúdo.
- Terreno Próprio: newsletter, blog, website ou podcast. Estes são os nossos ativos digitais, onde temos uma linha de comunicação direta com a nossa comunidade, sem intermediários. Foi a minha newsletter e o meu blog que garantiram que a comunidade me encontrasse quando a conta de Instagram falhou.
As plataformas próprias são o local ideal para cultivar as interações mais profundas e significativas que transformam seguidores em verdadeiros membros da comunidade.
5. Vender é ajudar
A monetização é um dos temas mais procurados, mas também o que gera mais desconforto. O medo de parecer “pushy”, “pouco autêntico” ou de quebrar a confiança da comunidade paralisa muitos projetos com enorme potencial e impede-os de dar o passo seguinte, que lhes permitiria potencialmente dedicar-se a tempo inteiro a esta atividade e agregar ainda mais valor à sua comunidade.
Quando acreditamos genuinamente no valor da nossa oferta, vender torna-se um “ato de serviço” e “uma outra forma de ajudar”. Trata-se de dar à nossa comunidade uma oportunidade de resolver um problema ou atingir um objetivo de forma mais rápida, estruturada ou profunda do que conseguiria apenas com o conteúdo gratuito. O propósito e o lucro podem e devem coexistir.
💭 “Isto é algo que a minha comunidade realmente precisa?”
💭 “Está alinhado com os meus valores?”
💭 “Eu compraria isto? Recomendaria à minha mãe?”
Quando as respostas são “sim”, a monetização não quebra a confiança: fortalece-a.
E se eu não tiver tempo ou criatividade?
A consistência e a criatividade não vêm da inspiração, mas sim de sistemas e estrutura.
Sei que não é nada fácil incorporar a criação de conteúdos na rotina diária, por isso temos uma aula dedicada precisamente às técnicas e sistemas que podemos usar para facilitar ao máximo estes processos. Veremos como criar rubricas periódicas, reaproveitar conteúdos, usar Inteligência Artificial e automatizar o que for possível, libertando tempo e energia para o que realmente importa.
“Saí de cada aula com a mente a borbulhar de ideias e planos para o meu próprio projeto.” – Jéssica
Cheque Formação +Digital: aprende de forma 100% gratuita
A cereja no topo do bolo? Este curso é 100% financiado pelo Cheque Formação +Digital, o que significa que podes aprender tudo isto sem pagar nada do teu bolso.
Para relembrar, esta é uma medida do Governo que reembolsa até 750€ em formação digital certificada, válida até 31 de dezembro de 2025.
Através da parceria com a Code for All_, o processo é simples e sem risco:
- Tens um guia e equipa de apoio no processo burocrático (com taxa de aprovação de 100% para quem cumpre os requisitos).
- Pagas apenas um sinal de 50€, que é devolvido se decidires cancelar a inscrição antes do curso iniciar.
- Podes pedir pagamento em prestações até 12x, o que significa que o reembolso do IEFP chega antes mesmo de terminares o pagamento das prestações (não tens de adiantar os 750€).
👉 Sabe mais sobre o Cheque Formação +Digital aqui
É daquelas oportunidades que não se pode deixar passar: formação prática, com reembolso garantido.
O teu próximo passo: da curiosidade à ação
Se ficaste interessado e queres avançar, inscreve-te numa das turmas:
- 28 de outubro a 13 de novembro, terças e quintas
- 3 a 19 de novembro, segundas e quartas
- 18 de novembro a 4 de dezembro, terças e quintas
A medida termina em dezembro deste ano, por isso não há muito mais tempo para procrastinar